
O Humanismo teve seu início em um movimento intelectual difundido na Europa durante a Renascença e inspirado na civilização greco-romana, que valorizava um saber crítico voltado para um maior conhecimento do homem e uma cultura capaz de desenvolver as potencialidades da condição humana. Seu conjunto de doutrinas é fundamentado nos interesses, potencialidades e faculdades do ser humano, sublinhando sua capacidade para a criação e transformação da realidade, e seu livre-arbítrio diante de pretensos poderes transcendentes, ou de condicionamentos naturais e históricos.
Qual a relação do Humanismo com a Psicologia?
Dentro da Psicologia, alguns autores, entre eles, Abraham Maslow, Rollo May e Carl Rogers, de diferentes maneiras, mas com vários pontos convergentes, defendiam uma psicologia compreensiva capaz de considerar o ser humano em sua singularidade e totalidade. A repercussão destas idéias deu origem a uma nova orientação no campo psicológico que se tornou conhecida como Terceira Força ou Psicologia Humanista. Em suma, os esforços dos experimentalistas na retomada das questões cognitivas, e dos compreensivistas na retomada das questões fenomenais e vivenciais trouxeram de volta o lugar da consciência na pesquisa e na prática psicológica.
Para Shaffer, as principais convergências da psicologia humanista são:
- tomam como ponto de partida a experiência consciente, alinhando-se com a fenomenologia e o existencialismo;
- abordam o ser humano em sua totalidade e integridade;
- entendem a condição humana como limitada pela imbricação eu-corpo/outro/mundo, mas nem por isso destituída de liberdade e autonomia;
- trabalham com uma metodologia anti-reducionista;
- assumem uma ética fundamentada na abertura para a experiência, na possibilidade de escolha, e na exequibilidade da redefinição do sentido de vida.
Carl Rogers, a partir dos seus estudos e sua vasta experiência clínica, criou o modelo teórico no qual concebe a pessoa com potencial natural para o crescimento e para a saúde a partir da experiência. Defende que a construção de uma relação empática possibilita o desenvolvimento do indivíduo e estimula a uma vida mais congruente. A abordagem centrada na pessoa se insere na corrente humanista da psicologia com o intuito de trazer um novo olhar acerca do que é o ser humano.
Nesse prisma, a abordagem centrada na pessoa rejeita algumas ideias de outras correntes da Psicologia, que se concentraram na perspectiva de que todo sujeito possui uma neurose básica. Nesse sentido, Rogers defendeu a ideia de que o núcleo básico da personalidade humana era a tendência à saúde e ao crescimento.
Fontes:
http://bibliotecaparalapersona-epimeleia.com/
Client-Centered Therapy: Its Current Practice, Implications, and Theory (Carl Rogers)
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