Depressão

depressao - Psicólogo em Santana, São Paulo

A depressão é definida pela medicina como um transtorno do humor. Isso significa uma piora do humor, que é acompanhada por um conjunto de sintomas variados.

É normal que uma pessoa experimente sentimentos de tristeza frente a determinadas circunstâncias da vida, como por exemplo, a morte de um ente querido, divórcio, desemprego, perda da saúde, mudança, etc. A depressão clínica, porém, é uma alteração muito mais grave do humor e pode causar danos enormes à pessoa acometida. As relações interpessoais ficam muito comprometidas, podendo levar a separações conjugais e perdas de relacionamentos significativos em ligações de amizade ou profissionais. A capacidade de produzir também fica muito prejudicada.

Quais são os sintomas da depressão?

Os sinais variam bastante, pois as pessoas experimentam a depressão clínica de modos diferentes. Se alguém apresenta cinco ou mais dos traços listados abaixo, por um período maior que duas semanas, ou se as manifestações da doença são tão severas ao ponto de interferir na vida diária, afirmamos que ela apresenta uma depressão clínica. Os principais sinais são:

  • lentidão do funcionamento mental;
  • ansiedade;
  • falta de energia;
  • memória prejudicada;
  • ataques de choro;
  • ataques de pânico;
  • perda de prazer e interesse em atividades que antes eram prazerosas;
  • sentimento de culpa e desesperança;
  • dificuldade de concentração;
  • disfunções fisiológicas (ex. insônia ou hipersonia, perda ou ganho de peso rápida);
  • ideação suicida;
  • sensação de falta de sentido;
  • irritabilidade extrema;
  • desinteresse e/ou dificuldade para o sexo; etc.

O primeiro passo na jornada da recuperação da pessoa com essa doença, é entrar em contato com um profissional de saúde mental, psicólogo ou psiquiatra, porque ele têm os conhecimentos necessários para estabelecer um diagnóstico correto. É fundamental diferenciar outras condições que podem estar determinando a depressão (como o uso de algumas medicações, doenças clínicas, etc.), e indicar as melhores opções de tratamento. O quanto antes isso for feito, melhor, pois essa enfermidade traz um risco elevado de suicídio, sendo uma condição que necessita de tratamento rigoroso.

Quais são as causas da depressão?

Os fatores mais comuns são:

Biológicos – excesso ou falta de algumas substâncias no cérebro, os chamados neurotransmissores;

Cognitivos – padrões disfuncionais de pensamentos, baixa autoestima sentimento de pouco controle sobre os acontecimentos da vida;

Medicamentos – alguns medicamentos podem causar depressão e esse é um fator importante no nosso país, onde a automedicação é uma prática rotineira;

Genética – os componentes genéticos da depressão ficam visíveis em famílias onde a doença ocorre com uma frequência elevada;

Situacionais – dificuldades na vida, problemas financeiros, divórcio, morte de pessoas amadas, mudanças, perdas significativas.

Comorbidades – a depressão frequentemente ocorre junto com certas doenças, como por exemplo, derrame, cardiopatias, câncer, Alzheimer, Parkinson, diabetes, transtornos hormonais.

É necessário ressaltar que a família e os amigos podem ajudar o portador da depressão. Com incentivo à continuidade do tratamento e conversando de maneira compreensiva com ela, ajudando-a a entender que esse momento tão sofrido não é para sempre. É muito importante a ajuda de amigos e familiares, porque há muito preconceito em relação aos transtornos mentais e a pessoa deprimida sente-se fracassada, como se isso se tratasse de uma falha moral ou de uma fraqueza e caráter. É necessário ajudar o deprimido a aceitar e encarar a sua condição, evitando tomar decisões importantes, como separação conjugal, mudança de emprego, venda de propriedade, etc., durante o período agudo da doença.

A família e amigos devem evitar exigências para que a pessoa faça aquilo que, no momento, não é possível para ela. Jamais se devem usar frases do tipo: “você não tem nada”, “se quiser, é capaz de estudar e trabalhar”, “sua vida é boa e você não têm motivos para se sentir assim”. Quem nunca passou por isso, pode ter muita dificuldade de entender o profundo sofrimento de uma pessoa com depressão.

Os medicamentos antidepressivos causam dependência?

Não. Quando o tratamento é feito por orientação de um profissional capacitado, o remédio não causa nenhum prejuízo à saúde, tampouco tornam a pessoa dependente.

É bastante comum que o paciente sinta alguns efeitos indesejáveis, os chamados efeitos colaterais, porém isso acontece no início do tratamento. Após as primeiras semanas, a tendência é o organismo se adaptar. Além disso, o médico pode fazer ajustes no tipo e dosagem do remédio. A recomendação é que o paciente nunca pare de tomar a mediação ou altere a dose sem conversar com o seu médico.

A depressão tem cura?

A depressão tem tratamento e pode ter melhora significativa em 80% dos casos. Algumas pessoas terão apenas um único episódio do transtorno; outras, poderão ter recidivas ao longo da vida. O tratamento pode ser feito com remédios específicos, com psicoterapia, ou com os dois simultaneamente. A adoção de hábitos saudáveis de vida contribuem de maneira decisiva para a melhora do problema e sua manutenção. De acordo com as pesquisas científicas mais relevantes, a Terapia Cognitivo-Comportamental tem sido a modalidade de psicoterapia mais eficiente no tratamento deste transtorno, mostrando os resultados mais consistentes e duradouros.

Fonte: INEF – Transtornos Mentais

DSM-5 – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais

 

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