Esquizofrenia

esquizofrenia - Psicólogo em Santana, São Paulo

A Esquizofrenia é um transtorno mental sério, cujo diagnóstico médico ainda está em processo de aperfeiçoamento, e é uma das principais causas de incapacitação de pessoas em todo mundo.

Os sintomas da Esquizofrenia podem ser divididos em positivos e negativos. Os sintomas positivos são experiências anormais e os negativos são perdas do comportamento normal de uma pessoa. Embora os sintomas positivos sejam mais chamativos e dramáticos e que, no inicio, causem maior preocupação, são os negativos que causam problemas mais sérios e que duram mais.

Sintomas Positivos – os sintomas positivos ocorrem nos episódios agudos e podem ser muito assustadores. Os mais comuns são:

  • sentimento de estar sendo controlado por forcas exteriores- os pensamentos e ações seriam determinados por motivações alheias ao individuo;
  • alterações da percepção – a pessoa ouve vozes, vê coisas, sente cheiros ou tem outras sensações sem que nada exista (alucinações);
  • crenças estranhas- são os delírios.

Sintomas Negativos – geralmente, as pessoas ficam incapacitadas para o trabalho, para as coisas do cotidiano e podem chegar até ao abandono do cuidado com a própria higiene. O indivíduo tem perda de concentração, falta de energia e motivação, desinteresse pelas pessoas e pelo ambiente.

Esquizofrenia quer dizer desdobramento da personalidade ou personalidades múltiplas?

Não. Ao contrário do que muita gente acredita, esses transtornos mentais não têm nada a ver com desdobramento de personalidade. Também não é verdadeira a crença popular de que as pessoas esquizofrênicas sejam violentas. Nos casos em que a pessoa portadora de Esquizofrenia se torna dependente ou abusa de álcool e drogas, pode chegar a ter envolvimento em crimes.

Qual é a causa da Esquizofrenia?

Esta causa ainda não está estabelecida. Sabemos que há um componente genético importante. Quando alguém tem um familiar próximo com Esquizofrenia o seu risco de ter essa doença passa de 1% (da população em geral) para 10%. Sabemos que, além do fator genético, fatores ambientais e experiências de vida interagem nesse processo de uma forma ainda não conhecida. Existe ainda a suspeita de que infecções por vírus e problemas imunológicos poderiam contribuir para o surgimento da Esquizofrenia no indivíduo.

Em que faixa de idade aparece a Esquizofrenia?

A maioria dos casos surge entre 13 e 25 anos. A ocorrência em crianças e em pessoas mais idosas é mais rara.

A Esquizofrenia tende a se manifestar mais cedo no sexo masculino e ainda não sabemos por que os problemas que ocorrem na formação do cérebro muito precocemente demoram anos para se manifestarem.

Quais são os sintomas precoces da Esquizofrenia?

Os sintomas podem ser muito diferentes de pessoa para pessoa. Por isso, consideramos a Esquizofrenia um conjunto heterogêneo de transtornos mentais e não um transtorno único. Os sintomas podem se desenvolver lentamente, durante meses ou anos, ou podem aparecer repentinamente. O transtorno pode aparecer e desaparecer em ciclos de recaídas e remissões.

Os comportamentos que podem ser sinais precoces de Esquizofrenia são:

  • ouvir ou ver coisas que não existem;
  • sentimento constante de estar sendo vigiado;
  • maneira de falar ou escrever que não tem sentido;
  • posições corporais atípicas;
  • sentir-se indiferente em situações importantes;
  • deterioração da capacidade de estudar e trabalhar;
  • mudança da aparência ou da higiene corporal;
  • mudança da personalidade;
  • aumento do isolamento nas situações sociais;
  • incapacidade de concentrar-se e dificuldade para dormir;
  • comportamento inapropriado ou inadequado;
  • preocupação extrema com temas religiosos ou de misticismo.

Existe tratamento para a Esquizofrenia?

Desde a década de 1950, a Medicina passou a contar com medicamentos efetivos para o controle das manifestações do transtorno esquizofrênico. Esses medicamentos têm sido aperfeiçoados continuamente e hoje dispomos de medicamentos bastante efetivos e que produzem menos efeitos colaterais (efeitos indesejados).

Mesmo os melhores medicamentos atuais não curam a Esquizofrenia ou impedem o surgimento de outros episódios no futuro, infelizmente. Eles asseguram que o paciente tenha um funcionamento mais efetivo e apropriado, saindo do caos imaginário (perda da diferenciação entre o que é real e o que é imaginário). Muitas pessoas atingidas pela Esquizofrenia, quando adequadamente tratadas, levam uma vida praticamente normal.

No entanto, o número de pessoas que chegam a um tratamento adequado é muito pequeno, por dificuldades econômicas, desconhecimento dos problemas pelas famílias e pela comunidade e pelo fato de que a pessoa atingida pela Esquizofrenia têm alterações mentais muito significativas, ficando muito difícil a avaliação da realidade externa e interna. A pessoa não reconhece que necessita de ajuda e desenvolve a crença de que os problemas estão fora dela.

Além da medicação, há outro tipo de ajuda?

Sim. A psicoterapia é um recurso importante para que a pessoa aceite e lide melhor com a sua condição mental, para ampliar o entendimento e o discernimento da realidade externa e interna. Os esquizofrênicos que fazem uma psicoterapia cuidam melhor até do seu tratamento farmacológico. É muito positiva a contribuição de grupos de alto-ajuda e de recursos de reabilitação que a comunidade possa oferecer.

FONTE: INEF – Transtornos Mentais

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